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todoy nada |
![]() Eu sei que é bom. Mas remédio também é bom e nem por isso eu gosto. Estou falando de feira de livros. Adoro livros. Tudo começou com a palavra falada e posteriormente escrita. Adoro falar. Lembro que na escola primária havia duas notas: de aprendizagem propriamente dita e de comportamento. Onde se incluía falar demais da conta. Eu sempre tirei notas vermelhas de comportamento. Não porque não fosse comportada, mas falava e falava e falava. E quando aprendi, finalmente, a escrever: escrevia, escrevia e escrevia. Assim, sou apaixonada por palavras. Existem umas que me provocam estremecimentos de prazer até hoje: cavilosa, aliás, absurdo... Assim como é muito difícil explicar amores, também não sei explicar estes, por estas palavras. E adoro livros, por consequência. Mas feira de livros me dá um não sei quê. Como se houvesse uma feira de filhos, de bichos, de amores. Parece que certas coisas não deviam ser vendidas, assim, numa feira. Como abacate, banana, melancia ou meias. Livros são mundos. Livros são amigos. Livros são amantes. Livros são companhias quando o mundo desmorona, companhias quando a solidão espanta, companhia quando a imaginação escasseia. Livros deviam ser manuseados com carinho, sem pressa, sem urgências comerciais. Cheirados, olhados, namorados, abertos e fechados, com a paciência do primeiro amor, da primeira transa, de como devia ser o primeiro amor e a primeira transa. Assim numa correria, assim ao atacado, assim todos juntos, não sei, parece uma suruba literária sem muito critério. E eu sou muito puritana em meus amores. Um de cada vez. Sem pressa. Sem azáfama. Devagarinho. Mas já que feiras existem quer eu queira, quer não, já que parece ser uma forma razoável de estimular a compra e –espero– a leitura, ¡voilá! ¡Viva a feira de livros!
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